Não é de hoje que as bandas musicais fazem shows em prol das mais diferentes campanhas. Mas a banda Old, que toca clássicos do rock mundial, decidiu inovar. Os músicos irão realizar uma apresentação nesta sexta-feira (24), a partir das 21h, no John Bull Café, no centro, para incentivar a doação de Medula Óssea.
O Brasil é o terceiro país em número de doadores, mas, apesar desse índice, muitas pessoas ainda aguardam por uma medula compatível. São cerca de 1200 pacientes que só precisam de um pouco de esperança. Muito pouco, na verdade. São necessários apenas 5ml de sangue para se cadastrar como doador de Medula Óssea. É um ato simples que pode salvar uma vida.
A banda Old, formada por Duda Medeiros (voz/violão/guitarra/teclados), Henrique Steppan (guitarra), Fábio Assis (baixo) e Guilherme Casarotto (bateria), possui um repertório recheado com o que há de melhor no “rock n roll”.
A ideia de fazer um show para divulgar a campanha de doação de Medula Óssea surgiu depois que os músicos participaram do documentário que está sendo produzido pelas formandas de Jornalismo, Hemilin Alves e Karla Simas. O vídeo pretende informar a população sobre o Transplante de Medula Óssea.
Era mais um dia de domingo. Sem absolutamente nada – que me interessasse – pra fazer. Decidi, então, buscar no meu arquivo de filmes não vistos algum que fizesse, pelo menos, o tempo passar mais rápido. O filme escolhido: “O Quarteto Fantástico”. Pra quem não conhece, “O Quarteto Fantástico” são humanos com super-poderes: os famosos super-heróis. Desde criança convivemos com eles. Todas as histórias infantis têm um desses. Todas. Vai ver que é por isso que eles continuam há tanto tempo lá. Nas histórias. Na ficção.
Os heróis da vida real não são chamados de heróis. E nem são famosos. São seres humanos comuns. Pessoas que você esbarra dentro do ônibus, mas que nem repara se é homem ou mulher. Vi um desses heróis ontem. Ajudava um cego a atravessar a rua quando o cego não era visto. Encontrei outro na semana passada. Carregava as compras de uma senhora sem antes perguntar se ela precisava ou não de braços fortes para levar a comida até dentro de sua casa.
Não foi esse tipo de herói que vi no filme de domingo e tão pouco nas histórias da minha infância. Lá, eles combatiam um mal irreal, que não faz parte do meu dia-a-dia e, tenho certeza, nem do seu. Ou você já viu alguém querendo dominar o mundo? Tá, esqueça algumas igrejas. Os males que enfrentamos todos os dias são outros, bem diferentes. São casos que na correria dos nossos dias corridos passam despercebidos. O que é um grande erro. Porque eu, e você também, podemos ser super-heróis. E pra isso não é preciso ter capa ou braços elásticos.
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Crônica
O programa Custe O Que Custar (CQC), da Band, voltou a ser exibido no dia 15 de março. Mas as boas-vindas não foram lá tão boas assim. Um dos quadros do CQC, o “Proteste Já”, foi proibido de ser exibido por uma notificação judicial. A juíza Nilza Bueno da Silva, da Vara da Fazenda Pública de Barueri, interior de São Paulo, acatou a ação da Prefeitura da cidade contra a emissora.
A última edição do quadro que iria ao ar na reestréia do programa,que estava em um período de férias, era uma matéria realizada em Barueri, onde o repórter Danilo Gentili contaria a história de uma televisão doada a uma escola da cidade, mas que foi encontrada na casa da diretora. Segundo a Prefeitura, o CQC não ofereceu um espaço para explicações. Já o CQC garante que o direito de resposta foi dado, assim como em todas as outras edições do quadro. Se o espaço foi dado e se havia de fato uma explicação, agora pouco importa. O que é relevante é o fato de um direito ter sido deixado de lado: liberdade de expressão. Tema ultrapassado? Pode até ser. Mas essa confusão toda mostrou que a censura cansou de ficar escondida, pelos cantos. Ela está firme e forte e não tem hora para partir.
No entanto, para uma parte da população, a censura ainda é considerada um instrumento de defesa dos princípios morais e por isso é necessária, já que ela evita alterações de pensamento e possíveis mudanças. Mas ela serve apenas para defender interesses de um grupo que não quer ser questionado e muito menos criticado. E aí voltamos ao caso CQC. Por que a Prefeitura tentaria explicar uma história sem explicação? É muito mais prático calar quem deve ficar quieto. E a Justiça, aquela que é extremamente lenta quando é necessária, não perdeu a oportunidade para refrescar a memória daqueles que esqueceram os velhos tempos da censura prévia.
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Artigo
Arroz, feijão, carne, cenoura e beterraba são repetidas, no mínimo duas vezes, por quase 120 crianças da creche Mont Serrat no almoço. Única ou principal refeição do dia para muitas delas. Nesta hora não se ouve mais do que o barulho das pequenas colheres tocando os pratos de alumínio. O que as professoras servem as crianças comem, sem preferências ou reclamações. E repetem.
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Reportagem
Carregando uma mochila com as cores oficiais da Jamaica em uma mão e um banco de madeira na outra. Foi assim que Jonas veio ao meu encontro. No primeiro momento não o reconheci. Mas o ar gentil e divertido acordaram o meu hipocampo – parte do cérebro que memoriza fisionomias e que nem sempre funciona como deveria. A bermuda e os cabelos soltos na altura dos ombros também ajudaram a aumentar a distância entre o personagem que conheci outro dia na Rua Felipe Schmidt e o paulista de 23 anos que nasceu em Cruzeiro, cidade do interior de São Paulo. Mas a transformação não demoraria muito. Em menos de uma hora, Jonas seria outro. Sem os longos cabelos, sem movimentos, quase sem respiração.
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Reportagem