Censurado? Por incrível que pareça...

domingo, 9 de maio de 2010 14:16 Postado por Hemilin Alves
O programa Custe O Que Custar (CQC), da Band, voltou a ser exibido no dia 15 de março. Mas as boas-vindas não foram lá tão boas assim. Um dos quadros do CQC, o “Proteste Já”, foi proibido de ser exibido por uma notificação judicial. A juíza Nilza Bueno da Silva, da Vara da Fazenda Pública de Barueri, interior de São Paulo, acatou a ação da Prefeitura da cidade contra a emissora.

A última edição do quadro que iria ao ar na reestréia do programa,que estava em um período de férias, era uma matéria realizada em Barueri, onde o repórter Danilo Gentili contaria a história de uma televisão doada a uma escola da cidade, mas que foi encontrada na casa da diretora. Segundo a Prefeitura, o CQC não ofereceu um espaço para explicações. Já o CQC garante que o direito de resposta foi dado, assim como em todas as outras edições do quadro. Se o espaço foi dado e se havia de fato uma explicação, agora pouco importa. O que é relevante é o fato de um direito ter sido deixado de lado: liberdade de expressão. Tema ultrapassado? Pode até ser. Mas essa confusão toda mostrou que a censura cansou de ficar escondida, pelos cantos. Ela está firme e forte e não tem hora para partir.

No entanto, para uma parte da população, a censura ainda é considerada um instrumento de defesa dos princípios morais e por isso é necessária, já que ela evita alterações de pensamento e possíveis mudanças. Mas ela serve apenas para defender interesses de um grupo que não quer ser questionado e muito menos criticado. E aí voltamos ao caso CQC. Por que a Prefeitura tentaria explicar uma história sem explicação? É muito mais prático calar quem deve ficar quieto. E a Justiça, aquela que é extremamente lenta quando é necessária, não perdeu a oportunidade para refrescar a memória daqueles que esqueceram os velhos tempos da censura prévia.

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