Estátua também fala?


Carregando uma mochila com as cores oficiais da Jamaica em uma mão e um banco de madeira na outra. Foi assim que Jonas veio ao meu encontro. No primeiro momento não o reconheci. Mas o ar gentil e divertido acordaram o meu hipocampo – parte do cérebro que memoriza fisionomias e que nem sempre funciona como deveria. A bermuda e os cabelos soltos na altura dos ombros também ajudaram a aumentar a distância entre o personagem que conheci outro dia na Rua Felipe Schmidt e o paulista de 23 anos que nasceu em Cruzeiro, cidade do interior de São Paulo. Mas a transformação não demoraria muito. Em menos de uma hora, Jonas seria outro. Sem os longos cabelos, sem movimentos, quase sem respiração.